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Mostrando postagens de julho, 2013

Natureza

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  Respeitar a Natureza, respeitar-se/tal é a lei/  Teus cabelos meus segredos/  Atingidos por um raio/  calado/ mal-falado/  desatino.     Respeitar a Natureza dos encaracolados,  nem bem, nem mal.  Gostar-se, antes de Decidir-se como se apresenta.  Sem enganos no espelho. A alma vibra, a casta cai.  O mal de ontem é o bem de amanhã.  Quiçá a vontade pudesse.  Ela não pode e enrubesce. Tal a Natureza, tal o homem.  Indivisível em sentimentos,  tormentos, saudades e lamentos.  Existe e é fato.  Compreende e avalia.  Entende e divide.  A soma ficará para amanhã,  quando acordados entrelaçaremos a alma.  Divina e infantil, sem juízo e juvenil.  Ri e goza.!  Antevê o desgosto.  Afasta-se.  É promessa. Àquele que crê domar seus intentos,  seus cuidados, seus encaracolados, no salão da beleza, fica vão.

Alma

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Im agem via internet: http://iolandaioio.blogspot.com.br/       Um dia, a alma toca o braço da dor.       Afasta-se pungente,    volta   Admira-se no toucador.    Treme,    faz hastes profundas.       Ilumina-se e dança um jazz na Praça fundamental de Paris.

Fohas de outono invernais

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  Arte by Roman Urbinskiy. As folhas do outono foram-se com o inverno Derramaram ouro pelo caminho. Apertados ficaram os olhos querendo vê-lo.  Um instante, sozinho, a flor sem idade partiu. As dores mais que douradas intensas multiplicaram-se.  E inebriante brisa matutina enovelou-se pelos cabelos tingidos. Tanta tinta!/ Tinha esperança!  E foram espalhadas pelo vento. Sorrateiramente planaram no solo fértil.  A grama as varreu doidamente. Sem sementes, sem frutos, só folhas, mais nada.  In Katherine, poemas para gostar de ser. Não copie, respeite autoria!

Xadrez

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Com os olhos que se choram é possível ver a lua!  Derrama-se o  pranto molhado é água em correnteza. Espero a ausência de dores para enxugar lágrimas. A tristeza vence.  A Rainha não defende mais o Rei. Acabou-se o jogo de xadrez! k.t.n.* in Katherine 

Acordando

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   Meu sono de ti Acordou entre árvores Sombreadas de Sol. Era primavera.   Hastes enroladas Nas dunas quentes  Esperavam ansiosas. Mais um dia. E...

As gramáticas

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  Não quero convenções gramaticais,  rtografia de livretos, arrumadas,  empilhadas em frases convencionais   e vocabulário cheirando a mofo. Quero, antes, a linguagem dos falantes,  dos que raciocinam, deliberam, articulam  e se encontram no diálogo e partilha. Fora os raciocínios prontos,  frases feitas, todos os sssS sibilantes, 'horroríferos'.  Melhor um sonífero,  abrir a barca afundada de Noé  e imergir. Que o chofer dê espaço ao motorista,  ao frentista,  sem as luvas brancas manchadas de sangue. Antes o tinto da palavra,  das letras simples e pungentes. k.t.n.* in imitação de clowns de Shakespeare.

Poeminha do desatinado

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Kátia Torres Negrisoli Poeminha do desatinado Nasci para viver longe Perto das lonjuras Desato a pensar: _Quem me pôs neste firmamento? Sem resposta continuo. Não há a que atenda, Ao coração vagabundo Que permeia circulares movimentos. Chego à tua casa Tão secreta e fechada. Andei tanto, cheguei! Em desatino me fartei. Esta distância esta cura. Tão clara e obscura. Sofre no meu peito. Desata lágrimas entre sentimentos. k.t.n.* in tristezas.

Chuva e melancolia

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Quanta melancolia! ... A chuva bate na retina/em retirada se vai/cantarolando sobre as pedras tenras/somente grãos de ervilha sedentos/ A pupila se dilata e se contrai./ Haja esferas nas tentativas/ O macarrão escorreu do pr ato./ O molho respingou./ A chuva bate!... / Estranho, é só chuva!/ Não há outro ruído, tudo o mais se foi./ Fechou-se o tempo./ Sentimento contido, bicho esquisito./ Nas esferas dos olhos salta pelas ruas./ Turvas./ Chuvas./ A mulher espera./ Sentada./ A rede a escolta de volta a casa./ Na ruela o som resvala pela fresta da janela./ O desassossego canta os pingos que cantarolam nas calhas./ Água sedenta que esparge./ Nada benta a serenidade dos dias./ Fantasia...  k.t.n. in pingos.

Acordes

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  Esta noite decidi ficar acordada/ acordar todos os fios doentes de melancolia/ acordar todas as dúvidas e segredos/  a espera contingente dos menos falantes/ a realidade de um dia inteiro dormido/ acordar a Lua/ olhar-me Nua.  k.t.n. in acordes

Doce

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A minha História derramou calda de chocolate, doce e festa e feira livre.  Desabou no caos do silencio profundo.  Deitou-se em berço não esplendido.  Fugiu da luta.  Foi fitar-sem no espelho transversal da travessa Cristal e quebrou-se!  Levantado pelas freiras de saias estúpidas, enfurnou-se!  /// E não havia roseiral.   k.t.n&

Envelhecer

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E se eu envelhecer? Quero ficar velhinha, destas velhinhas tão velhinhas, enrugadinhas, pele fina, delicada como o vento, mas cortante.  Quando as fibras se quebrarem no rosto pendente, quero dizer que cada linha foi esculpida docemente, em alegria ou pesar. Quero as lágrimas que rolaram marcando rugas, vincos. E as namoradas dos olhos passeando pelo colo e pescoço,  subindo altaneiras pelas marcas da testa  E se eu não envelhecer? Ficarei triste, muito triste!  Pessoa de verdade encanece cabelos, esquece datas, troca nomes, muda horários. Chora à toa. Vira criança.  Por isso preciso envelhecer depressa, para encontrar a criança perdida na memória.  Dizer-he que foi bom passar pelo tempo.  Melhor ainda que ele é circular e permite recomeçar. k.t.n. in tempo presente.

Noite

A noite entra e traz consigo o  sono reparador.  A espera tinge de bordados-brocados A boca sutil que se avizinha na negritude espantosa  Só acoite.  Homens gritam, mãos tremem...  É noite,  Sussurra o ouvido suado das palavras!  K. T. N.