Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2009

Das noites...

Elerê Eis que chega a noite linda a filtrar-te em seus fios... Chega mansa, sorrateira, enovela os cabelos, traz a mancha do outro dia. Esparge em sons difusos, notas, pedidos e entremeios. Recorta teus lábios, cai-te à testa, ensombrece, enriquece. Tranqüila, de olhar sombrio, avança de primeira, em instantes: altaneira. Pontilhada de agulhas, são as farpas do derradeiro, é festa agora, chega ligeiro! Toma teu assento, busca, no firmamento, a resposta da perene pergunta. Enobrece teu instinto, dá vazão; enternece-te, então... é noite... Mais uma, gentil, cumprimentando em seu semblante, fazendo versos... É o poeta errante... é a música certeira, são seus passos acobreados... Um deixar-se de se perder, em breus, metades, partes. Olha bem! O fulgor tange, os brilhos clamam... é a noite do meu bem! k.t.n. Eis que a noite chega e traz, na melhor hora, seus anseios. Enovelados em pertences de terceiros, agrupados em papéis esparramados. Nessa hora de Ave-Maria, em que o crepúsculo desarma

Passeio na primavera

Imagem
Passeio na primavera Hoje encarnarei Cecília, sem Peri ... Falarei das cores, das borboletas e das flores. Cantarei melodiosos sons noturnos. Embalarei em seio agreste, lugar seguro. Um dia, Cecília, um dia na grama... Sentindo o ar que embala, tocando airosas ramas. Pedalando pelas campinas, tocando o céu em harpas finas. Dedilhando em solidão feminina, eternizando o sentir de menina. Espera a filha, espera a volta, coloca as fitas, Nas voltas que o mundo dá... ! Cancioneira em brincadeiras de roda... Cecília, mulher é o que há! k.t.n.

Todo prosa

Meu 'chocholinho' ficou rosa... Agora está todo prosa. Que tristeza, que beleza! Quem que se incomoda? Morde a lata, chuta o balde. Vira a caixa, remove o entulho. Volta para a casa, cabisbaixo. Ò menino, de travessuras! Embocadura, em fim de rua. No sinaleiro, bobagem tua. Passa ligeiro, olhar matreiro. _Deixa às raposas, as uvas podres. k.t.n.

prosa poética

Imagem
Venha brindar nesta taça. Quero todos os cristais, todos os dias. O dia é hoje, amanhã não dará +;;; O tempo urge, ... o tempo urge... Ai do tempo, vamos lá! Meu novo jardim será assim... limpo, organizado, hora de arrumação! Casa cheirosa, aroma de lavanda, perfumada, aconchego, bom cuidado... Convidarei os afetos, a dividir um bom café, tomar edificante chá... Hora das torradas, dos biscoitos, da mesa posta, da toalha passada. Lustrar inox, limpar a prata, tirar dos armários as coisas quase mortas. Renovação, reconstrução... 31/08/2008

Doce Jandira

Imagem
Finda este dia e não posso compôr teu poema Por mais que escreva, não traduzirei a falta que fazes. Por mais que sinta, não posso exprimir-te em palavras vãs. O silêncio diz mais, o soturno e inenarrável silêncio. A seriedade das tuas mãos, o conforto do teu carinho. A sensatez e a razão de mãe taurina, forte, combativa. Emoção, reza pura, sentimentos, só vazão. Não sei chorar como tu, não sei... Isto não aprendi, meu choro é interno, vaza n'alma e se aloja no peito. Inda é tempo, mãe te chamo. Inda é tempo, mãe te amo! Coroas teu coração do perfume preferido, pois as flores ajeitastes em vaso escolhido. Respeitamos, pois te amamos. Eternas saudades... sem fim ... ... ... ... ... ... ; numa alegria repentina, de sentir-te junto a mim. Jandira!

moto-contínuo

Não sei onde deixei tanta vontade... não sei... Estou a procurar, Quem sabe no seu olhar... Forte, brilhante, expressivo,... No seu toque, ombro a ombro... Na sua fala trêmula, no seu jeito forte... No seu castanho olhar, no seu jeito de menino-homem. Atlético, sem par!

pronta

Hoje acenderei a luz mais cedo. Hoje estarei pronta para espantar os medos. Hoje serei a energia em espectro claro. Serei a paz, serei o lago, serei . amor! 29/12/08

Fa/echada

Imagem
Mesmo que não abra a minha boca, Meus olhos contam de ti. Mesmo que não queira, Meus lábios pronunciam o teu nome. Meus gestos, meu corpo, de trás e de frente, De lado e de cima, debaixo, baixinho... Falam tua linguagem de forma atrevida, Denunciam o incontável, incontestes verdades. Mesmo que proíbas, emanas de mim, Palavras cortadas em beijos molhados Não posso medir, não caibo em formas , meus braços ultrapassam,,, me us pés vão além, meus cabelos escorregam... Não caibo em mim, estou dentro de ti. K.t.N. 10/07/2007