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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Natal silente

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E o dia de Natal finda / Solitário e cheio de promessa de alma vazia / A noite rompe os mistérios / Entrega ao berço do menino suas histórias / E ele frágil e pequenino / Carrega as dores e os pecados do mundo / O maior entregue à sua sorte / No horizonte a estrela de Davi desce / esplendorosa alimentada pelas preces / O homem, este homem que não se vê, continua mais Menino / que este doce bebê! É Natal ainda? / Calou o sino, as vozes todas. O céu anuncia novo movimento. / Pestanas levantam-se e buscam o firmamento / Deus menino, anjo sagrado, esperança dos homens, mantenha sua graça!

Procura

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Procura-se um amor! Que seja paciente, bondoso, não o, suficientemente, bíblico. Que esteja aos pés, não rastejante como os felídeos neotropicais. Que passe à altura, Sem que atinja as asas do condor e gaviões. Que esteja nos cumes, como o edelweiss em Bariloche ou nos Alpes Austríacos. Mas que não murche tão rapidamente como a flor do amor uma noviça rebelde. Este amor deve vir, mansamente como o lago e impetuoso como as ondas do mar. Com brilho e vontade, fogo, determinação e algo assim como a rede de fim de tarde. Manso como os coqueiros do nordeste, Suave como a brisa do verão, Aquiescente como a donzela apaixonada. E esta procura branda, há de se encerrar. Os olhos dormirão em paz!  k.t.n. in procura

a c a l a n t o

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Durma / que o acalanto é doce / aquece a cama / que a alma pousa/  deixe o amanhã / esquece o corpo / deixe cair / é dia sobreposto. k.t.n.*& in alma

Fina e gostosa a chuva vai

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Fina e gostosa Chuvinha fina, gostosa, goteja na laje. Meus pensamentos se esvaem com as gotas que caem. Longe os tormentos passearam. Hora de dormir, levar o sono ao relento da manhã. A chuva insiste em gotejar meus pensamentos. Dispersos em águas fraternais. Entrego ao Pai, ao Filho e ao Espírito. Meu santo nome em gotas imortais. Ó vida futura que se derrama pelas calçadas. O vento não geme, espreita a delicadeza deste som. Um fio entre fios d'água caindo. Lava telhados, lava paredes,  lava os rios. Um devagar, um sem pressa,  a monotonia. Da água batendo  destilando poemas e amores estivais. Vamos torcendo roupas esticadas em imensos varais. Chuva depressa, chuva ligeira, chuva esparsa. Acende em meu peito hora perfeita,  delicadezas. A paz que procuro no silêncio  da noite. Entra Dezembro, traz novo alento,  lua e cetim.E um anjo dourado resplandece na palma. E a chuva gozando desce em prata ilumina frestas.