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Mostrando postagens de outubro, 2015

Silêncios ensurdecedores

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 Há silêncios que ensurdecem. Terríveis em gritos. Ódio aos silêncios perversos, premeditados. Ódio ao que fecha a sua boca na soberba e no orgulho! Estúpido o homem que se cala em demasia. Verme rastejante observador das falhas alheias. Bem-vindos os dotados de línguas cheias, saboreiam salivas, cospem sílabas, compõem hinários de palavras! Sejam chucros, ou dotados, douram no palavrear o gosto soberano da vida! Bendita palavra! &@&$

Tessitura

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Quando se desiste da vida, palavras e  poesia vão embora. Triste sina do poeta Perde-se, não em palavras. No vazio indecifrável, cuja retinas não batem em sons. A maior grandeza desta alma é delinear tintas em ideias soltas. Nestes caminhos rotos pessoas tecem o limiar do linho. Há uma confluência inesperada,  sutil e automática. Poeta e Palavras! Mudas e mortas não transcendem, Esteta precisa chorar, lamuriar. Alegrar-se, entediar-se!  Porém, há de pontilhar letras em sílabas e palavras. Sejam amargas, ou doces. Tristes, ou alegres. Precisas, ou imprecisas. Decentes, ou indecentes. Exatas, ou inexatas. Ou um carrossel em que se misturam as essências humanas. Profanas! Leite derramado de olhos verdes furados, furacão. Nada religioso, ou litúrgico. A não ser a pressa da consagração da tessitura. Oh! Arde e fica! Chora e passa! Vibra e entristece! Mas é alma de poeta! k.t.n.*& in solilóquio

Caligrafia

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Se fosse decorar o meu ambiente hoje: Tiraria todos os quadros Escreveria as imagens na parede. Faria de uma própria Arte Letra! Antes, um curso de Caligrafia! k.t.n.& in mudança

Vento e fuligem

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Vento e fuligem Escuto ao longe o vento que passa pela minha janela Penso que é fuligem do meu pensamento. Espano espasmos e esquadrinho memórias. A casa geme ao soar da aurora. Enterro a desdita e procuro a maldade Sem endereço e local, porém deixou rastros. Converso com o vento que lê meus pensamentos. Faz volteios, rodopia, leva poeira, leva poeira. A casa limpa, a mesa posta, o jardim sereno e descoberto. A aragem que chega, a manhã que descortina em orvalhos. Rebentos chegam, fornalhas fogem. Um luar brando evoca luas acetinadas quais fantasmas A tez sente a voz do vento que voa volátil versando poemas A poeira virou terra plantada em flores. k.t.n. * in volta.