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Mostrando postagens de julho, 2017

Trovinha de querer bem!

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E se a poesia te deixar Agarre-a com toda a força! Não a deixe partir de ti Tanto bem tanto querer Que esta vida por viver É saudade e não tem fim Registre com olhos e afins. Trabalhe com a régua   Transferidor e compasso, Papel e tinta no jeito Palavras e frases no peito. k.t.n. in provinha besta

Narinas

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Um pão, uma narina a tangerina abre cura e secreta esparge o sumo libera voláteis gomos carnudos deita a pele rugosa depois de seca na boca homem. k.t.n. in sumo

Húmus

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Feita das espécies me compus Neste campo fértil de húmus Troglodita de resíduos e verminoses Embarquei num mastro rumo ao rio Neste fundo do rincão macio As dentaduras caídas ao largo Espécie de contrato com o malfadado Entrega do que faltou   As areias da enseada prantearam Levantaram-se para me suspender Já de barro puro já não sou Contaminada de insetos e pus   Pés tardios em andanças mil Mãos partidas em comboios e navios Ruminando entre hálitos e salivas Nocivas falas, grunhidos inatingíveis Eis o homem! Composição febril! Saco de batatas em patente dissolução   Degradação dos dias o tempo não engana Perde-se mais ainda, nas vaidades mundanas E os vírus do fracasso e do temor Se assenhoreiam deste passo largo Que é deste corpo falho e macio? Que é do sabor, paladar, linguajar? Em horas terrestres que os sombrios passeiam Em noites de geada, de vento e de peste Acumulam os nervos mensagens atrozes Levando ao reg

Trovinha de querer bem!

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E se a poesia te deixar Agarre-a com toda a força! Não deixe partir de ti Tanto bem tanto querer Que esta vida por viver É saudade e não tem fim Registre com olhos e afins. Trabalhe com a régua Transferidor e compasso, Papel e tinta no jeito Palavras e frases no peito. k.t.n. in trovinha besta, meu deus!!

Olhos antropófagos

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Tenho olhos tão cansados De olhar imensidão vazia Pessoas frias em vaidades Umbigos em forma de coração Mostram os dentes, riem, sorriem Mal se contentam com o almoço e o jantar. Querem todas as fatias, comem o fígado Antropófagos alheios do vão caminhar. Engolem bocas, olhos, braços As mãos se enroscam e querem sair. Como arteiras e sorrateiras Sozinhas e fazendeiras De tecidos e rendas e doces-de-leite Estes olhos fatigados Emprestam ao arco-íris seus dobrados Fazem de conta que o bicho não comeu Dá-se em receitas, Vira um homem, vira um breu As pessoas passam as pupilas pulam Um despautério ... Acho que um destes olhos é menino E o outro menina, não se entendem Um rosa e outro azul, mesclando-se Tintura falha, visão turva, o rio desce. A velha da esquina em prece, Na sua tez a nau desaparece. Era um conto, era uma vez. Pululam dentro do armário, Resgatam os miasmas das tosses

Teu aniversário

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O que te darei no dia do teu aniversário? Um buquê de rosas e um altar As roupas não usadas da duquesa Um imprevisto numa hora incerta Talvez, os eucaliptos da Califórnia. Será que lá tem eucaliptos? As flores de malva que crescem nos campos, Mel e adornos para lábios e pescoço E dar-te-ei, ainda, açucarados quitutes Embrulhados para presente em laço de fita. Um balaio de encantos, Uma festa secreta Carinho de quem se ama. T rarei as melhores frutas  O entardecer será breve As notas das músicas não dançadas E a noite será longa Piano e harpa, sonho e feitiço Um abraço, um roçar de faces Estar fraterno no dorso forte Mais ainda, anos que não passarão. k.t.n. in restabelecimento