Para Marie Thereze - O violão
Entre a corda e o violão Entre o samba e a canção Seu olhar enternecido, encoberto pela ferida. Sem entrever-se o guarnecido, ensaia a flauta dos dedos no violão embevecido. Espera e canta. E canta e espera. A doce quimera, o dia que passa, o Norte que amanhece, o mote que não esquece. Tem Fernando, tem Pessoa, tem meus lagos enormes lagoas de minhas lágrimas derramadas, tem meus versos e meus tristes jeitos. Entre as proas enormes cinzas, enormes fagulhas a saltar dos olhos. A embotar-lhe os sentidos, a arrancar do dedilhado, meu nome, meu doce nome sentido. k.t.n.