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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Adriano Wintter http://adrianowintter.wordpress.com

solitária um caule torto com flores imóvel entre mamões uma planta chamada aspirina que minha ex-empregada plantou tramas de abóboras entre acerolas morangas sob ramas de manjericão tudo seria só grama com alegres tabelas de basquetebol não fosse meu filho assim que mudamos ir morar com o pai Adriano Wintter http://adrianowintter.wordpress.com

gipsita / revisado

Calendário 2011 I Calendário milenar: homem e mulher sempre iguais Doze meses sem conta Em contados de dias Horas, minutos, melancolias. Passam, retornam, voltam prazenteiros Ás alvíssaras Novas paragens, nuances, Mentiras inteiras, engolindo meias-verdades. Passagens sem volta, estação comprometida. As flores murcham, rezam e se abrem em frutos. Caem, esmaecem, prezam o defunto. Eis que renascem, primam pelo destino. Passarinho sem gaiola, vida breve leve. Menino levado da breca, este tal de ano novo. Sapeca na mestiçagem, no engodo. Na verdade, janeiros mil, fevereiros sombris, abris juvenis, maios varonis. Junhos costumeiros, julhos primaveris, agostos infantis, setembros em alas. Outubro! Novembro! Dezembro! Retorna, dez + dois, doze sílabas. Decantadas em novas gipsitas, citrinos, quartzos. É o vidro, é o cristal, é a Brita! II Batons de quartzo, nove em seis desatinos. DIAMANTE puro, em ADAMANTINA. Alguém observa o muro. O pulo dos dias da

Por Adriano Ars

Obs.: Ao editá-lo, perdi a formatação original. Adriano, desculpe-me! Obrigada, querido poeta! kátia, de Adamantina* metafísica doméstica I na tarde quente de um domingo no quarto branco de uma edícula calças blusas e camisas lençois toalhas edredons e bermudas e vestidos que uma mãe (em Adamantina) passa a ferro e sorri sua mão alonga e alisa essas fibras perfumosas frisa vincos tira dobras (usa hábil não a tábua mas a velha escrivaninha onde pôs um cobertor) feito o aço que ofega e às vestes vaporiza ela sua enquanto o usa ela sofre mas prossegue peça a peça até a última algum Sófocles interno por acaso vaticina quando a pilha chega ao término: “concluí tua tragédia”? não: tal Hades na verdade foi poesia para ela II atos líricos e épicos de uma saga amorosa ante os vidros da janela que às vezes ela olha indo em busca do quintal onde florem as ardósias ou oloram abacaxis manjericão capim-cidró e brilham esferas de acerolas o quintal onde três cordas mostram imagens que a elevam III

v i t r a l

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E se eu te amar nesta brancura intensa? Enevoar pavões, Encantar? E se te amar entre a neve branda? Encantar prados, Bradar? E se, ainda, amar-te posso no vitral colorido? Transparente clamor? Tramar? Não. Enaltecer, tua cor. k.t.n.* in branco

Prince

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My prince My prince brinca nas rodas, soletra, alfabetiza-se e versifica. Embebe meus traços em suas rotinas fatigadas. Em "teus" traços enluarados de vértices sombrios. Desencanta as estrelas mostrando o corpo carregado, de imagens pontilhadas de fagulhas desatadas. É um andante, caminhante, destoado em escarpas. Cantante, bebe falante as palavras do rendado. My prince has saved many emotions, and I believe them dancing the seven veils colorful Alcanço o arco-íris e seu pote de ouro. Agora embalo-me docemente em lembranças, Atiro-me ao colo, encontro faces crianças. E desperto de um sonho e estou noutro país. F e l i z . . . ! :) k.t.n. * princess

gipsita

Calendário 2011 Doze meses sem conta em contados nada encantados fantasiados de dias horas, minutos, melancolias. Passam, retornam, passam. Voltam prazenteiros, prometendo alvissareiros Novas paragens, novas nuances. Mentiras inteiras, engolindo meias-verdades. Passagens sem volta, estação comprometida. As flores murcham, rezam e se abrem em frutos. Caem, esmaecem, prezam o defunto. Eis que renascem, primam pelo destino. Passarinho sem gaiola, vida breve, vida leve. Menino levado da breca, este tal de ano novo. Sapeca na mestiçagem, no engodo de mais um ano. Quando, na verdade, doze meses contam, recontam e fazem de conta. Janeiros mil, fevereiros sombris, abris juvenis, maios varonis... Junhos costumeiros, julhos primaveris, agostos infantis, setembros em alas, Outubro! Novembro! Dezembro! Isso está muito bom! Poderias concentrar aqui o coração do poema! Retorna, torna, dez + dois, doze sílabas. Decantadas em novas gipsitas, citrinos, quartzos. É o vidro, é o cristal é a Brita! A part

gipsita

Calendário 2011 Doze meses sem conta em contados nada encantados fantasiados de dias horas, minutos, melancolias. Passam, retornam, passam. Voltam prazenteiros, prometendo alvissareiros Novas paragens, novas nuances. Mentiras inteiras, engolindo meias-verdades. Passagens sem volta, estação comprometida. As flores murcham, rezam e se abrem em frutos. Caem, esmaecem, prezam o defunto. Eis que renascem, primam pelo destino. Passarinho sem gaiola, vida breve, vida leve. Menino levado da breca, este tal de ano novo. Sapeca na mestiçagem, no engodo de mais um ano. Quando, na verdade, doze meses contam, recontam e fazem de conta. Janeiros mil, fevereiros sombris, abris juvenis, maios varonis... Junhos costumeiros, julhos primaveris, agostos infantis, setembros em alas, Outubro! Novembro! Dezembro! Retorna, torna, dez + dois, doze sílabas. Decantadas em novas gipsitas, citrinos, quartzos. É o vidro, é o cristal é a Brita! Batons de quartzo, nove atos, seis desatos, DIAMANTE puro, em ADAMANTINA

Texto revisado - 2010

nem todos os dias são obscuros há o encantamento sutil (a sinergia de sóis) da poesia nem todos domingos são letargia: vibram alvoroços nos varais jactam flores nos quintais e o rasante astrolábio não pára de pintar corolas azuis e perpétuas acima do telhado há a publicação da efeméride pulsante nas veias cavas nas curvas dos ossos talhados e os silêncios rasgados pela chuva inquieta há a mulher: trêmulo abrigo do poeta Adriano Wintter http://adrianowintter.wordpress.com

Presente de Ano Novo p/ Adriano Ars

I na tarde quente de um domingo no quarto branco de uma edícula calças blusas e camisas lençois toalhas edredons e bermudas e vestidos a alta pilha colorida que uma mãe em Adamantina passa inteira e sorri sua mão pega e alisa essas fibras perfumosas frisa vincos tira dobras (usa hábil não a tábua mas a velha escrivaninha onde pôs um cobertor) feito o ferro que ofega e às vezes vaporiza ela sua enquanto o usa ela sofre mas prossegue peça a peça até a última acaso um Sófocles interno vaticina quando acaba: “terminou tua tragédia”? não: tal Hades na verdade foi poesia para ela II atos líricos e épicos: uma saga amorosa ante os vidros da janela que (às vezes) ela olhava indo em busca do quintal onde florem as ardósias e oloram os pés de abacaxis manjericão capim-cidró ou brilham esferas de acerolas o quintal onde três cordas mostram imagens que a constelam III roupas presas num varal violento vento e sol móbil símbolo da alma agitada pelo sopro que a joga para o alto contra os liames deste