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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Levada da breca

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Quando menina, era levada, sapeca Fiquei moça, dondoca, um pouco esperta. Mais moça ainda, casada, acertada. Passaram anos, alguns anos, levada da breca. Cabelo encanece, cai e estremece cutículas. Levo mais de uma hora para espremer uma laranja. Meio-dia é cedo para tanta bobagem. Preciso urgente remover maquiagem. Onde está o homem que me deve a viagem? Partiu, navio, sem fio, nem mastro, ou fuzil. Deixou melancólico a vela do Brasil. Voltou estapafúrdio e negociou com mais de mil. Assim acaba a História, da moça velha. Num país Tropical sem igual. k.t.n.* 

Ecos de Natal

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Vozes... quantas vozes fazem ecos! Solidão entre becos. Paisagens ferozes enlouquecidas. Trazem nos sacos Próprias vidas. Vorazes vozes dos violinos capazes. Viram poeira e grãos de mostarda. Sujam o avental o talhe de madeira. A boneca da menina. A esfinge de vermelho. E nas horas mortas da cozinha. Assa o bolo e a farinha. Coze o pão, derrama o leite. Limpa o azedo da carne fria. Embolia que não se freia. Passa o carro na rua direita. Continuam os ecos tortos. A voz renitente e fria. Soou Maria a prece, Jesus ouviu, É Natal outra vez! k.t.n.* in festa &

Estrelas * * * e s p a n t a d a s * * *

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    Arte by Andrej Mashkovtsev A mulher que tinha Sol na cabeça/ Espantou as estrelas/  Estas só por raiva/  Combinaram muitas cores/ Hoje vemos no céu/  Pontilhados de azul/  Verde, laranja e amarelo/  E as mais insistentes prateadas/ Foi assim que as estrelas douradas/  Vingaram-se do brilho do Sol./  E a Lua companheira/  Assistiu sorrateira/ Emprestou a sua cor /  E por isso se transforma... Enquanto as estrelas bordam. k.t.n.*** in estrelas

Cardume

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  Uma lágrima cai, porque o amor não veio. Um sentimento dói, porque não se viveu inteiro. Uma menina ri da própria sorte e do saci. Não é mês de agosto, é mês de festa, quase janeiro. Uma promessa e uma viragem, um passeio e miragem. Fazem folia no olho d'água, viram espinhos sangrando a Cristo. Tanta promessa, tanto olho visto, tanta espera, tanta mentira. A irmã dos olhos grandes, salta ilusão e santa coragem. Um por um os carneirinhos vão, os peixes buscam escamas douradas. Encontram pelo caminho porteira, brandos espinhos, tatuagem. O Sol e a Lua, num momento vão, olharam-se e confirmaram. Dia de festa na floresta pode chorar que o olho não empresta. Motivos à saudade vã, fútil e derradeira; seus olhos brincam E de primeira sua mulher, então companheira, fugirá do altar. A noite inteira, pegará espinhas dorsais e entalhes mil. Chegará a ti pronta ao amor e o sentimento maior será inteiro. k.t.n.* in festa derradeira  

Roubadas e amadas!

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Flores roubadas são flores amadas. Continuarei a roubar, Na varanda do vizinho. Na calçada do passeio público. Nos vasos esquecidos sobre a mesa. Na prateleira da mulher esquecida. Na mesa do funcionário público. Flores roubadas são flores amadas. Nas cores e no perfume. Pelas corolas, sépalas e pétalas. Pelos talos, folhas e viço. Pelas meninas, crianças e senhoras. Mais pelas idosas, caprichosas. Não têm lastro, mas têm cor. Sabedoria,  amor e visgo. Roubem as flores! Não as deixem secas À beira do caminho. Flores roubadas são flores amadas. k.t.n.*

Bordado

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Minha mãe me ensinou a bordar. Mas o braço não obedece. Inflamou! k.t.n.&

Flores

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Entrego flores perfumadas em pensamento Preciosas não murcham Não perdem a essência o perfume Sempre viçosas carregam brilho e lume  Entrego flores de jardineiro De mãos cuidadosas e adubos na medida Em pencas e cardumes de luminosidades Enfeitam jardins pela eternidade. Assim desfaço-me da despedida. Aos amigos da Face,  Entrego estas flores sempre perfumadas.& Em tom maior.

Prata é ouro!

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  "Quando um gato fala, todos os cães se calam."  ... É meia-noite!  Hora da prata.   Inverno paralelo.  Mia que te escuto.  ... k.t.n.* in foice

Querubins

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  Entorno a minha cabeça, A testa lhe é oferecida   O beijo terno e amoroso. E ausculto o coração Bate in no compasso Auréola de paz e bênção.   Sentimentos... Presa à tua mão à minha. O fragor da tarde cai. Andamos passos lentos Silentes neste tempo solto A roupa baila fluida Oferecem-nos taças de licor. Alvas lembranças e cor nos lábios Rosados puxando ao carmim Festa de noivado e amor O brilho dos olhos sem fim. Algodões anjos querubins Serafins e trombetas nos cantos. Harpas, piano, cítaras... Em breve, bordado o pano Um par de belas xícaras!. k.t.n. em o príncipe chegou.

Pimenta

Tanta pimenta   não sei se aumenta. Tanto sal não sei fazer mingau. Tanta polêmica, deixei a violência. Enorme preguiça, nem fugi da polícia. A falta que faz o estúdio capaz De fotografar a tua notícia. O saco de estopa, o arroz e o farelo. A menina e o sapo do livro fugaz Tenciona trazer goiabas e mangas. Em tempos de chuva, melhor os bolinhos. Café e pouco leite, manteiga e calor. Um pouco de espera do texto inda em flor. k.t.n. in pouca produção.

Quem com o ferro fere...

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Kátia Torres Negrisoli compartilhou a foto de Antonio Guzman Capel . Por Tê Caroli . Isto é um abuso na net! Este ferro de passar e engomar! Faz-me lembrar de minha mãe e avós. Ela passava a roupa, soprava a brasa e eu preenchia o caderno de caligrafia com as frases que a professora do pré-primário (era este o nome) passava. Recordo-me de uma frase que insistia em mim com um turbilhão de pensamentos: "Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido."e escrevia, escrevia de novo nas linhas subsequentes e o cérebro martelava indignado; medo de ser ferida, de ferir, não entendia direito o alcance daquelas palavras, mas escrevia e achava estranho, olhava o ferro nas mãos de minha mãe, ou da Zéfa, nossa empregada (Era assim que se chamava.), que trabalhou conosco por mais de vinte anos, passando e assoprando. Sentia o calor daquele ferro e escrevia a frase... sentia temor, não entendia direito, sabia que não era algo bom. Vieram outras frases, mais fáceis de

Pimenta

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Tanta pimenta que não sei se aumenta. Tanto sal que não sei fazer mingau. Tanta polêmica, que deixei a violência. Enorme preguiça, nem fugi da polícia. A falta que faz o estúdio capaz De fotografar a tua notícia. O saco de estopa, o arroz e o farelo. A menina e o sapo do livro fugaz Tenciona trazer goiabas e mangas. Em tempos de chuva, melhor os bolinhos. Café e pouco leite, manteiga e calor. Um pouco de espera do texto inda em flor. k.t.n. in pouca produção.

Eleve***

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Bons sons  & bons sonhos! Mesmo acordada! Leve o vento pelos ares quentes   Este sopro invernal  Quente de doer a pele  Para embalsamá-la com neve de chocolate  Derretendo enevoando as costas úmidas  Cantarolando pérolas de beijos  Na pele úmida enegrecida   Cante o sonho bom   Hora do amor. *** k.t.n.*& in estampa