Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2018

verve

A vida é um fio tênue e curto escorrega entre dedos ao fundo  dos sentimentos Vazam olhos, retinem peles Ovários ocos sublime verve A vida se refaz num instante vivaz!

Dias de outubro

Imagem
Difíceis dias  em que a poesia escorre das mãos,  dos olhos,  das bocas rebentando ódio,  insensatez. Queria poder gritar: _ Parem este trem, quero descer!  Não dá! A locomotiva segue atroz  em seu ritmo frenético,  o ranger dos metais, pesados,  austeros, sem utilidade.  Ecos do nada,  profusão de ideias,  desencontros, desafetos,  discórdia.  _Parem! Parem! Quero descer! Estamos ladeira abaixo  e a subida nos espera,  com degraus, com degraus. muitos.  Não que ro subir. Não quero! Estica a corda, estica,  deixe-me pegar para saltar,  pular fora do caos,  da onda gigantesca,  com polvos imensos  resvalando pelos corpos pálidos. O olhar gélido do mito, a frieza,  a pele flácida,  as bocas cheias,  tão cheias e cheias  que chegam a fartar os nervos. Bocas cuspidoras, de navios sem mar. Naufrágio lento, nas terras de Cabral. *publicado anteriormente. k.t.n. in respeite autoria

14/10/2018

Difíceis dias, em que a poesia escorre das mãos, dos olhos, das bocas rebentando ódio, insensatez. Queria poder gritar: _ Parem este trem, quero descer! Não dá! A locomotiva segue atroz em seu ritmo frenético, o ranger dos metais, pesados, austeros, sem utilidade. Ecos do nada, profusão de ideias, desencontros, desafetos, discórdia. _Parem! Parem! Quero descer! Estamos ladeira abaixo e a subida nos espera, com degraus, com degraus. muitos.  Não quero subir. Não quero! Estica a corda, estica, deixe-me pegar para saltar, pular fora do caos, da onda gigantesca, com polvos imensos resvalando pelos corpos pálidos. O olhar gélido do mito, a frieza, a pele flácida, as bocas cheias, tão cheias e cheias que chegam a fartar os nervos. Bocas cuspidoras, de navios sem mar. Naufrágio lento, nas terras de Cabral.

Outubro em nuvens

Imagem
Neste outubro inflamado onde as cores se espalham prefira o colorido.   A paz sem arroubos a inocência perdida teu canto e leitura um céu nublado devagar o sol se espraiará.  Nuvens cobertas por flores o lhos vítreos sem janelas.  Portas abertas, maçanetas giradas.  O cão na porta,  o gato na rua.  Pássaro liberto,  mar sem fim. Prefira, ainda,  liames sem gosma.  Pedras sem limo.  Outono com folhas  e primavera florindo.  Ao escuro e infinito nossa luz em força e poder. Às manadas perdidas paciência e resignação.  Homem desfeito, em linhas partidas.  Q uebrados silêncios antes gritos pungentes. As missas gentis, de hóstias alcalinas,  o terço, a reza, o sinin ho poliglota.  Barbárie vencida.