Triste assim...

Às vezes, bate uma tristeza de tão triste, triste assim. Tão quieta e parada, torcida nos músculos do peito. Irmã gêmea da dor, pusilânime se aquieta dentro. O silêncio por irmão, a alma parada, entorpecida. Este sino que não bate compassado, esta hora tardia. De uma voz que morre-enterra quimeras e luares. Não há música, nem colibris, pálidos pardais cinzas. Uma bagatela de soldados de chumbo caminham P A R A L E L O S E a noite, irmã mais velha, chega sorrateira e negra. Envolve as músicas dos vizinhos, o sertanejo canta. Aquela estrofe continuada, martelada, ritmada. O terno olhar se estende e dobra num sono morno. Pernas encolhidas, dentes cerrados hora de adeus. Uma longínqua espera do candelabro dourado, suspenso em auréolas A M A R E L A S .., Um ouro quente adocicado e a harpia toca E o sino tange, a missa reza, o homem sangra, a pele estica e enruga num v a i v é m - m...