Linhas indiscretas
Estas linhas antigas ocuparam quadris.
Mexeram e remexeram os corpos suados.
Deitaram à mesa ameixas e pêssegos,
Na forma das moças a enfeitar bandejas.
O que era das meninas gentis?
Dama em camélias, sonhadoras sutis...
Inverteram os nomes, rebolaram travessas,
Pertencem a um tempo em que não se diz.
Semoventes em feixes agregam sementes,
Quem sabe brotar num outro porvir?.
A vida que segue, o homem que canta
São linhas indiscretas balançando coqueiros
Cheirando à fumaça do vapor do asfalto,
Quebrando os requebros das moças mulatas.
k.t.n. in sem nome
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