Haja primaveras de março!
Chegou com um gosto de terra
E chuva hasteada nas plantações
Vento ligeiro perpassando pernas
Arranhões no asfalto
Legítimas vontades!
Águas e março,
Já sabia o poeta maior.
Levando paus e pedras,
Oscilação de varais.
Noturno gela as fímbrias forças dos pés
Convite soturno ao acasalamento
Deitado em açoite de faca e fuzil
Diurno penitente clama o sol,
Que atende formando arco-íris, arrebol.
E uma paixão acende pedindo açucenas.
Onde nesta estação?
Azulejar muros, cantar canções, esperar.
cMaior mês inicial marca alegre sorrateiro
Mudanças extensas, figueiras, cromos e saladas.
Deixemo-lo navegar em suas águas.
Corramos ao seu encalço descendo enxurradas.
Façamos o contraditório dia-noite intervir
Na vida das pessoas que sobreviveram a Março,
Marco plural, cheirando à Marte, vermelho e enxofre.
k.t.n. in meses cheirando náuseas
Comentários