Cascatas




As cascatas de flores pentearão meus cabelos. 
Sobrando ligeiras sobre os ombros.

Faceiros meninos roçando nos pelos dos olhos. 
Cílios pingentes tocando arrepios. 

Sobrancelhas sorvem olhares latentes. 
E os fios plátanos de flores pingando. 

Latejando, gotejando, desfiando sabores. 

São cores meninas, furtivas, esguias. 
Arrepiam e dão imagem ao divino e celestial. 

São fraldas largadas ao vento. 
Lenços de cambraia e estiletes abertos. 


Chora! 

A alma do poeta! 
A sobremesa indigesta. 

O que era dor e não se equilibrou no amor.


k.t.n.*&

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