Ecos de Natal
Vozes... quantas vozes fazem ecos!
Solidão entre becos.
Paisagens ferozes enlouquecidas.
Trazem nos sacos
Próprias vidas.
Vorazes vozes dos violinos capazes.
Viram poeira e grãos de mostarda.
Sujam o avental o talhe de madeira.
A boneca da menina.
A esfinge de vermelho.
E nas horas mortas da cozinha.
Assa o bolo e a farinha.
Coze o pão, derrama o leite.
Limpa o azedo da carne fria.
Embolia que não se freia.
Passa o carro na rua direita.
Continuam os ecos tortos.
A voz renitente e fria.
Soou Maria a prece,
Jesus ouviu,
É Natal outra vez!
k.t.n.* in festa &
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Kátia