Mosaico de pedras
É um mosaico de pedras
De pedras tão profundas
Que leva a escalar
Sem sentido e norte
Pedras engolidas
Redondas, pontudas
Pontiagudas formas
Sem cristal para lapidar
Pedra-pome, pedra-espada
Pedra birita
Ensacando almofadas
A montanha cresce
O que é muro logo aparece
E as pontiagudas torcem
Em cima, em cima.
Lavadas todas
Engomadas em veludo
Cheias de visgo e lume
Brilham no caminho
Enaltecem os riachos
O verde musgo acelera
Enovela-se em pedras
Atire a primeira
Sem deixar escapar
São mãos que se prezam
Em pedras pegar.
k.t.n. in sem razão e não importa
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