sobejo

Continuo devendo resenhas e leituras, a pilha de livros se amontoa, a vontade não é tanta como antes, a fraqueza, o mal-estar dos dias de químio fazem perder a vontade de ler, seja pela falta de concentração que os medicamentos ocasionam, seja por um novo hábito e, ruim, que vai se instalando. Quem vive com um revólver apontado para a cabeça, não sabendo a qual instante disparará, perde a pressa, fica inerte esperando, esperando, não se sabe lá o quê. Amores antigos retornam, mas nunca mais os mesmos, o que a memória guardou fica eterno e repetir situações e vontades não é igual, nada neste mundo é igual, melhor guardar na memória a desfazer o doce encanto, melhor recriar instantes e seguir. Sigo, não sei até quando, nem para onde, antes havia projetos, definição, hoje existe o hoje, o agora, as dores presentes, as angústias e as pequenas alegrias. Novos amigos, novas pessoas entrando em sua vida, alentos e preciosidades, outros descartados, como máscaras que caíram e cairão no esquecimento. A vontade de escrever reduzida, a criatividade prejudicada, mas pedalar é algo que não se esquece. k.t.n. in fugindo da angústia.

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