Primeiro Livro de Memórias - a narrativa

Primeiro Livro de Memórias
Ultimamente, tenho andado melancólica, lembrando-me de fatos e tempos idos, aura de lembranças que remete às memórias vincadas pelo tempo. Decidi, então, aproveitar esse fluxo e começar a registrar esses flashes que brotam de forma invasiva e insistem vários e vários minutos neste altar liberto, para vasculhar o passado encontrando ressonâncias e multidões de vozes que se alternam. Talvez, a mente cansada, entulhada esteja desordenada, um caos de estante que tombou e que alguém arrumou fora da ordem estabelecida. Algo a se pensar e a fomentar, um Livro de Memórias, onde a vida possa ser maior que a realidade e, muitas vezes, assim o é. Interessará a alguém? A mim talvez, pela necessidade de melhorar a subjetividade que jaz em olhares perdidos pela casa, que julgam estar no nada, mas que se perdeu no turbilhão dos dias arquivados. Sempre é tempo de registros, sempre. No 'continuum' vital a inocência resplandece de cheiros, imagens, pessoas, fatos, prosaísmo vulgar que no passar destes anos, tornaram-se pérolas do acaso. Quem os lerá? Talvez um filho, quem sabe um neto, quem sabe o que a sequência lógica reservará? Se existe tal nestes fatos, existe uma inconstância que alguém nunca entendeu nesta tal totalidade. O avesso das lembranças, o subterfúgio das ideias, dos descaminhos, da totalidade dos fazeres positivos. Houve negativos? Não! Tudo se soma, multiplica-se e faz tombar a estante que titubeia a mais um item colocado fora do lugar. Aos poucos, tirarei os entulhos amontoados, darei vida a cada peça que compõe a pilha amontoada das reminiscências, e este é o prólogo do primeiro capítulo. Vamos comigo?

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