Salvação

Senhor, salva-me de mim /devolve-me à natureza estranha / preciso deixar meu corpo fluir / se este organograma já não serve /empacota-me gentilmente com outro mais suave e sutil / a quentura do corpo não há de suportar / não há! / o refrigério está em tuas mãos / que não sangram, nem têm chagas / um mistério divino e profundo / onde as hastes e pérolas se enroscam num diagrama valente / dias de luta, de ousadia, espanto e acomodação / traze à esta casa poltrona de âmbar / cinge minha fronte / deleita-te com minha aceitação / contudo não basta / há muitos mistérios e noites negras ainda por desvendar / e este mim cansado não quer mais vomitar / um novo pano, nova gaze, novo poema / aspirante a poeta sou, Senhor! Salva-me de mim!!!

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