Sombra de eucaliptos
As forças do tempo desabotoam botões fechados.
Abrem as sépalas e pétalas corolas espantadas.
O tempo em desatino as colore de amarelo e âmbar
E caídas em solo fertilizam para as noivas flores se achegarem.
A turba passa inerte e o reflexo de seus corpos denunciam cansaço.
Tentam infrutíferas sobreviver ao hostil e inacabado planeta
Triunfam pelas grades e janelas, varandas e jardins de senhorinhas e senhorios insistentes.
São tantas, são tantas!
Muitas!
Elucubram razões, destoam em seu movimento kitsch e sacerdotal.
Sobrevivem! São fortes! Têm essência! Tem boTões a renascer.
Nova primavera e novos verões superarão invernos e outonos.
Virão em pencas, cachos, galhos, espetadas, paridas...
Olharão os seus olhos e, docemente, dirão:
_ Estamos aqui!
k.t.n. in sombra de eucaliptos
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