Luas afogadas
Este azul que me banha
Lança-me na argila seca
Toma-me de sôfrego
Entorna as luas afogadas
Uma mescla de matizes
Feiticeiras que realçam
A esfera circular e espiral
Que volta ao mar
Que volta à terra
Uma experiência única
Num ser vivente e atemporal
Nu revive o poente
Explora sementes seres viventes
E volta no Sol procurando o azul
Este azul cinzento que pranteia
Qual lua cheia na vizinhança
Este azul que me banha
Lança-me na argila seca
Toma-me de sôfrego
Entorna as luas afogadas
Uma mescla de matizes
Feiticeiras que realçam
A esfera circular e espiral
Que volta ao mar
Que volta à terra
Uma experiência única
Num ser vivente e atemporal
Nu revive o poente
Explora sementes seres viventes
E volta no Sol procurando o azul
Este azul cinzento que pranteia
Qual lua cheia na vizinhança
Que volta ao mar
Que volta à terra
A felicidade bendita bem se esquiva
Torrente de dores desabam
Onde as cores e o azul e matizes
Do claro, ao escuro, vernizes?
Da roupa ao sapato marquises?
Não, uma espiral celeste, maresia
Conta dourada não cabe mais
Que volta ao mar
Que volta à terra
A onda do mar aprumou levou
O barco antigo da cantiga
Abarcou nos olhos castanhos
Na lua dourada e prateada
Dos cabelos seresteiros
O vento alvissareiro das campinas
Nos olhos da namorada.
Que não volta ao mar
Que não volta à Terra.
k.t.n. in alvissareiras.
Comentários