S'imbora entoar uma canção de ninar gente grande Embalar os sonos de breves instantes. Passear em teus olhos, pernoitar em tuas faces, Cantando ajeitados os derradeiros. E nesta cantilena preservar o tempo, Configurar a névoa, em frias cadências, Identificar o gosto, o alácre formado Na açucena que reverbera no teu céu palatal. E cantando e vociferando o cântico Cantar-te-ei ligeiro e embalar-te-ei docemente, Observando o balançar da cortina, Deixando as réstias ornadas de sol na frágua manhã, ainda, primaveril! Ornar os teus lábios, os teus seios, teus navios. Há um sabor alácre, há um adocidado. Há o som do vento. O imaginar-se, o fechar de olhos, O barulho tênue que atravessa a vidraça. Há o teu semblante, a rua, as alamedas. Há o teu perfume sutil atravessando esquinas. Hà o citrino da manhã de abril. E também o desmaio um quase febril. Um encanto. Uma atmosfera. Há o adormecer, o pertencer a esta imagem evocada do acaso. Da plena e intempérie bonança. A palavra, a miragm. Há
Sou das poucas que entraram aqui. Mas fiquei! Nos teus olhos, na tua boca, no teu cais. Sambei na língua do tempo e me perdi, Procurei outrora lamentos e ventanias Encontrei! Encontrei! Encontrei! Agora o pouco que resta é paz, uma espécie de desavença com o espelho Tirando rugas e pregas, devolvendo o brilho do olhar. Porque entrei e não saí! Insistente! Muito! Resistente! De vidro, mas não quebrei, ralei, mas não parti. E de mês em mês, ano a ano, décadas contadas, espraio as mãos sedentas e secas sobre a cama fofa e passo o creme com cheiro de criança porque se enobrece e se esquece das urdiduras. Sou das poucas! Já disse! Pode ficar!!
Porque de frutas também vive o homem. E de toda a palavra sã que sai de sua boca. De intempéries cruzadas nas tempestades. Habitadas por lobos e lobas famintos. Adoçadas pelo mel em equilíbrio. Constante bonança, fator esperança. A taça colhe, recolhe, enternece. Devolve numa prece, numa escuta, num Deus. Um copo de cicuta, um barbitúrico qualquer. A navalha da carne fibrosa partida em grumos. A fumaça se esvaindo, o barulho da rua. Era nua. Era lua. Era nua. Era sua. Torpedo de cores! De vaidades despida. Aliança perene e serena, a mulher serrana. Era nua, era tua, era lua. Alquímia e paz. In Catherine
Comentários