6 de maio

Boa tarde! Acordei feito madame, sorvendo o café a goles lentos, de pijama, voltando agora para o meu cantinho para fazer leituras na internet, na certeza de que logo o meu pedido de aposentadoria será publicado. Quero curtir muito os cafés da manhã, pelas bananas, ou fatia de pão engolidas depressa para estar na escola no horário (sete dentro da sala da aula) e, em muitos dias, terminando o período às 23:00 h. Quero dormir muito, recuperar o sono perdido, depois ler todos os livros empilhados, escrever os textos ainda retidos na memória, brincar com o meu Bob sem pressa, falar com os filhos sem lamúrias, viajar, estudar, dançar, nadar, sentir-me livre sem as amarras dos ponteiros do relógio. Amo meus alunos, adoro o que faço, mas há uma hora em que precisamos retornar para casa e iniciar uma nova etapa. Ainda manterei pouquíssimas aulas em outra escola, porque parar de vez, seria um colapso, para quem correu tanto, entre cozinha, mercados, açougues, cabeleireiro (?), fisioterapia, ginástica (?), serviços domésticos dentre tantos outros a serem enumerados. O dia das mães se aproxima e este terá um gosto especial do dever cumprido, talvez, duplamente, com os filhos criados batendo suas asas fora de casa. Esta alegria e esta fase quero dividir com os amigos, os do face e os poucos que mantemos ao longo da vida. Reencontrar os antigos, rever prioridades e poder me dedicar ao trabalho solidário. Antes, bem antes, quero ainda dormir muito, descansar, feito adolescente. E agradecer, agradecer.

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