Partiu, silêncio!

Deus perdoe, mas a lua precisa de paz. Namorar e descansar. Deixar seus lagos em açudes parados, quietos. O brilho ofuscado, silente e frio. Não ouvir os chamados intensos e fervorosos. Dos namorados e vazios pedidos. A lua só precisa dela. De fio de prata, fino e longilíneo. Que a leve ao centro terrestre. Onde a lava e o vulcão dormem. Esta lua sextavada, cultivada e arenosa. Busca suas curvas, seus sinuosos sentidos. Nas bordas da lua branca a ponta da minguante. Nas torpezas da lua cheia, crescente e nova. Lua, a que sangra em fios silentes. Recorta um céu anil, noutra ponta cinza sutil. Pede, roga, clama: _Deixai em paz! Porque só é enamorada. k.t.n.