O tempo

por nossas dores e alegrias.
Não respira.
Transcende o órgão complexo do corpo.
Energiza e pulveriza, organiza e tiraniza!
Ah, o tempo!
Quem dera fossem de amoras!
Tempos de quintais,
varais, mas males muitos.
Precisa fincar a pá e gozar dos grãos torrões.
Em volúpia libertina solfejar areiões.
Assim,
-dá ao outro o alento,
-doce veneno da morte iminente
-de um caminho sem fim.
Quem dera adivinhar os seus segredos!
Faria diferença?
Oh, não!
A graça da vida está no caminho do tempo.
Obsceno, nada fraterno
Desertifica-nos os ossos, libera as toxinas.
Gruda nossas albuminas e células
em ventríloquos de loucos palhaços.
Minhas verdades? Aonde foram?
Norte, Sul, Leste ou Oeste?
Ninguém sabe.
Nem o douto tempo, Sr. Absoluto,
Findo no nada!.
Imagem: Pawel Kuczynski
Comentários
Parabéns
Sempre bem-vindo! :)