Ao vento sementes em folhas
Força de avião no assombro/
Assovios da estação/
Sempre sorridente entre
dormentes/
Navios ancorados folhas e sementes/
Palmeiras levando
tapas/
Hora de andaimes jogados/
Partidos acabados levados ao cabo/
dentes/
Folhas, sementes, inocentes/
Levam ao acaso o carinho/
Ninhos
de serpentes jubilantes/
Trens partindo fumaça/
Ligeiras no pão que não
assa/
O ferro, o aço, o estandarte/
São broas de trigo, farinha de
milho/
Pólen regado caído à beira do rio/
Hoje sinto-me assim:
esgotada, triturada, de alma lavada e penada,
como faísca que acende e morre,
lentamente, no seu fogo.
k.t.n.* in dormente
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