Para António Ramos Rosa
Um
poeta não morre. Amadurece. Dilui-se no oceano infindável das palavras.
Fenece lentamente deixando as efemeridades da vida. Fruto do acaso.
Nasce noutro lugar, brota mansamente. Pontilha horizontes. É Sol. É céu.
é mar. É Lua. Fulgura! Atinge sombras abissais. Socorre gritos e ais.
Poeta, oh, poeta! Finge sua dor, entrega todo o seu amor. Legítimo
panteão da igualdade. Empresta o seu sorriso, a sua prece. Ligeiro
desaparece, é só uma curva, em torno do rio. Ao longe, retorna
sorrateiro. Despiu-se por inteiro!
k.t.n. in poetas não morrem, deixam ferida acesa.
k.t.n. in poetas não morrem, deixam ferida acesa.
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