Silent

 













Os potes do silêncio se derramam.

Cílios em profusão batem uns nos outros. 

Procuras vãs endireitam o passo. 

E a chegada premeditada não existe. 

 Nada existe. 

Efemeridades pertencem à rota do caminho. 

E o silêncio, o doudo do silêncio permanece encardido

A fresta pela qual tenta burlar a dor é cega. 

A visita partiu, não voltará. 

Trocas se desfazem num canteiro indiscreto, 

onde formigas cortadeiras passeiam, roubando as teias das aranhas. 

Há um sublime toque de alfazema gigante. 

O sonho, este constante, volta! 


Katherine de Gasperi.

k.t.n.* in silêncio profundo

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