Margaridas tolas


Entre colchões e espumas, a bruma.

Aproxima-se e turva a vista, toda.

Deita o mel em lânguidas passaradas, a língua.

É fato, é feito, é carinho recorrente.


Uma farpa, uma angústia, uma crente.

E a vista deu-se a  perder, razão.

O cume avista o solo, toada.

Tolhida e turva, tenteando tentáculos.

Tateando telhas tolas.

Tudo torto, tentativas todas.


E a espiral do tempo levou o nome perfeito.

Para longe, nesta imensidão do vento.

E a taturana da esfinge negra.

Relanceou o fato, a cerveja, a prece.




E as margaridas todas agitaram-se nervosas.

Procuraram um lugar ao sol para bocejarem.

As hastes revelaram-se fracas, rompendo-se.

Era nova aurora, nova manhã, cinzenta!

k.t.n.* in horas de cinza

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