gipsita / revisado

Calendário
2011

I

Calendário milenar: homem e mulher sempre iguais
Doze meses sem conta
Em contados de dias
Horas, minutos, melancolias.

Passam, retornam, voltam prazenteiros
Ás alvíssaras
Novas paragens, nuances,
Mentiras inteiras, engolindo meias-verdades.
Passagens sem volta, estação comprometida.

As flores murcham, rezam e se abrem em frutos.
Caem, esmaecem, prezam o defunto.
Eis que renascem, primam pelo destino.
Passarinho sem gaiola, vida breve leve.

Menino levado da breca, este tal de ano novo.
Sapeca na mestiçagem, no engodo.
Na verdade, janeiros mil, fevereiros sombris, abris juvenis, maios varonis.
Junhos costumeiros, julhos primaveris, agostos infantis, setembros em alas.
Outubro! Novembro! Dezembro!

Retorna, dez + dois, doze sílabas.
Decantadas em novas gipsitas, citrinos, quartzos.
É o vidro, é o cristal, é a Brita!


II


Batons de quartzo, nove em seis desatinos.
DIAMANTE puro, em ADAMANTINA.

Alguém observa o muro.
O pulo dos dias das horas minutos
Reverbera, pulsa e desata o Rio.
Que agita sombrio ao encontro fraterno.
Da fé, esperança, clara >>> continu ... idade >>>

Perfeita esfera , concêntrica, claraboia.
No centro, a luz recôndita, lume.
Desde os primordiais, ancestrais a velar.
Lampião, doce janela.
Lamparina, tal menina.
Luminárias, afagos sensuais.
Lentidão, o carinho do tempo.
Azeda a pressa, constrói o ato, desata laços, recompõe o traço.


k.t.n.* in profundidade

Poesia vencedora do Mapa Cultural Paulista, representando a região de Presidente Prudente.
Edição: 2011/2012

Comentários

Kátia Torres disse…
Bem-vinda blue star...........! Venhya mais vezes...

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