Não

Não me tires a poesia de todo dia,
Não me afastes a essência vital
Não me atormentes com festas banais
Não me tires do caminho, afinal!

Tracejei, revelei, encantei, é assim:
Tão suave, tão crispante, tão cantante,
Mas é assim!

Não me modeles, não me maltrates a afeição.
Não me tires do redemoinho, onde me lanço fagulha em vasta amplidão.
Não nasci para ficar presa, não nasci para ser segura.
Sou anjo rebelde, figura felina, ferina e canina,
abandono e fico, enrosco-me e traio, maltrato e afago.

Espera em teus olhos, na tua brilhante retina, de novo meu corpo
Esguio se indo,...
Espera, quem sabe... ficarei fixada, no momento supremo, das mãos enlaçadas.

A sorte está lançada!

k.t.n.

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