kt / dm-mt / diogo

"Versos são sobreposições
Das tatuagens que meu corpo
Sofreu. "
//

Não ap: ague este.

areia?

cimento?

à contento?

k.
/
praprousar

/


comunidade/ cidade/verdade?

vou asfaltar a sua comunidade
para ter bastante barulho
poluir o ar com gás carbõnico
deixar o cheiro da gasolina explodir
e teus pulmões gritarem.

...vc não pode ficar só numa comuna
há de se expandir criatura
deitar raízes, entrar em crise,
tomar novalgina ke nem nova é.
remédio antigo para mulher.

ô... dio... õ dioss...meu... ô...

k.

//
Oi, hj estou calma
Nem pijama tirei ainda.
Estou de chinelos,
Daqueles velhos
Esperando
Sua nova visita.
k.t.

//
Na luz da cidade torta,
Enquanto dorme e morta,
Desfaz-se o lume escondido
E se mostra no visível beco
Ecos detritos espalhados,
Faíscas de restos bordados.

É lixo no luxo; cão vadio,
Transportando no cio...
A lata que cai, na cangalha que vai
sem-vergonha encontrar... seu amor!

É Luxo?! É Lixo?! É supérfluo?! É finito?!
Não... é o homem, que rabisca seu contorno,
Em sombras de esquinas...
E passa assobiando pelo vazio
e ri de si para si, como é bom VIVER!

k.t.
em revolução
//
rozza xoke!
É luxo, de não se conter!
k.

//

¡¿Novo tema, ou velho teorema?!

Ajude-me! Socorra-me! ou...?
o pulso impulsiona
em direção de vento ligeiro
o vento contraria o pulso
que corre prazenteiro
em direção ao relógio
poemas de um dia inteiro.

a cerimônia é chata
cansou, entendiou.
sem cerimõnia pedimos
textos voltem. melhor que o discurso.

//

Hoje

Quero escrever hoje, não me interrompam, já o fizeram demais.
Quero escrever hoje todas as palavras adormecidas, frases feitas, expressões contidas.
Quero deixar os rasbiscos, as histórias sem sentido, como as panelas lavadas em seu brilho e a louça guardada, exatamente, em seu lugar.

Quero escrever a poesia do dia, dos varais, dos mercados, da padaria.
Toda a poesia, de todo dia, todo o valor que à alma empresta, o teu labor.
Quero escrever o que resta, o que falta, o que ficou.
Preciso desatar o nó, desfazer as rimas, que alternam em assonância.
Mais que tudo, preencher a página, relegar ao texto o melhor que ficou.

Não pode mais o poeta ser um fingidor, não pode o poeta inventar a própria dor.
Não pode escrever em máscaras profanas de jardins santos.
Poeta que é poeta se desnuda e não descuida, dá veracidade à cotidianidade.
A paixão que era pura era mentira e já morreu, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.
A hora de cirandar chegou...
k.t.n.


"De..."id:
i'm not dog no
i'm not god no"

ou
no

expoeta
expulso da página
a mim resta o resto
ou o verso da:
ad-verso "

E viva o verso.
que seja brego
trovinha paralela
rima previsível...

//

brilha e vibra
vibra e brilha
trilha e cobra
cobra e trilha
cobre e libra
libra e cobre
livre e nobre
lavra e come.
//

expoeta
expulso da página
a mim resta o resto
ou o verso da:
ad-verso

'In coisas do coração.'
k

***

Oração da Kátia

Deus Pai, livra-me dos loucos
Dos que aos poucos destilam seus venenos
São serpentes em dia pleno.
Desfilam seus bordados para inflamar igual teor.
Instigam a fala atrita para dar-lhes a desdita.

Deus Pai, livra-me dos desgraçados, dos ignorantes, da miséria.
Livra-me da incoerência, da demência, da indecência.
Em teu nome um pedido, um clamor estendido.
Proteja-me dos assassínios verbais, da maledicência, da língua torta, da inveja, da preguiça, da malícia...

Leva-me por teus vales e veredas. Faz-me repousar em tuas verdes campinas. Dá-me da tua flor, da tua água, do teu clamor.
Que a tua música seja a única a se ouvir, que o som dos insensatos se cale nesta hora!

Chega de consumir...

Deus, pai meu Deus. livra-me do inferno, dos loucos, da insensatez... livra-me do orkut e de tanta estupidez!

k.t.n.

//

Vem brincar de roda comigo...........
Vem, dá-me tua mão.......................
Vem brincar de roda........................Lampião não está cego, n~/ao!!!!!!

//

Eis que a noite chega e traz na melhor hora seus anseios.
Enovelados em pertences de terceiros, agrupados em papéis esparramados.
Nessa hora de Ave-Maria, em que o crepúsculo desarma nossas forças inúteis
É que emergem à fronte o seguro, o inevitável sentir mais que pensar.

Avisando o cérebro cansado dos trejeitos, das tramas urdidas
Repousando o corpo quadrado, estirando em todos os sentidos.
Numa hora um passar, um tempo, um quasar...
Nesta hora um aviso desmedido, um alerta, um sentido.

Um pouco do ontem, misturado ao hoje, num amanhã sem fim.
Nesta hora o veneno, a serpente, passeiam em busca da gente.
Os pássaros se recolhem, as flores se acalmam, a natureza conspira.
Os homens se encolhem, a grandeza assusta. È nesta hora, que me encontro, diminuta!

k
t
n
.

Um emblema é tudo
Um tema um poema
Imenso teorema.

Um tema é tudo
Um emblema num poema
Velho teorema.

Um teorema assusta
Emblemático
Sem poema.

k
t
//
VI
VEI
RO
/
VORE-VI-VER
RE-VI-RO
VER!

k
t
n
.
//
NA MEDIDA...cante
encante
espante

mie, pie...

lata, parta a prata.!!
›¿Enlate-me!!??

//

ocaso
..caso
.....so
.......o
.........

...loco
...poco
....oco
......po
........o

k.t.n.

//

Comentários

*andorinharos@ disse…
Katia, teu poema, HOJE, é uma das obras mais belas aqui, e até arrisco dizer, que em todo outro lugarnão achei! "...Quero escrever a poesia do dia, dos varais, dos mercados, da padaria.
Toda a poesia, de todo dia, todo o valor que à alma empresta, o teu labor.
Quero escrever o que resta, o que falta, o que ficou...." Por ai, o caminho lhe cederá a melhor poesia que há!

Parabéns, amei de paixão conhecer este teu lado... E saiba, o fiz com prazer e cuidado!
beijos da amiga e agora fã!
Marisa Rosa Cabral.
Kátia Torres disse…
Andorinha, Maria Rosa, obrigada pelo incentivo. Gosto muito do que vc escreve, sua autenticidade!

Venha sempre!

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