Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2018

Pedras

Imagem
As pedras contam e escondem em si tesouros O homem procura. ... Interminável busca Sabota olhares

Tac-tic

Imagem
Escolha:   _Tic-tac, ou Tac-tic? O olhar do relógio não sabe,  insiste em bater,   mas não sabe.

11/09/2015

Saudades doem mais do que olho cego em furacão Aninham-se num lugar chamado peito e adoece Pertencem aos sentidos graves das foices Torna o passo lento uma vagu idão inespecífica Um caldo grosso que de vez em vez entorna Pacientes e calmas como o andar de uma serpe Esperam e bebem lentamente nosso licor São saudades sentidas e sós! Um pouco mais e viram nós. Amoreiras ressequidas pelo vento imberbe Sorve as forças, liquida o tempo, paralisa e ferve. Doidivanas carecem remédios e auscultação Fervem! Seja Janeiro, Março ou Fevereiro! Os lugares sujos contemplam luas brancas Em nome das saudades, das torpes e tiranas! k.t.n. in eu saudade

Poeirenta e fermento

Imagem
Olhando as estrelas na vila poeirenta sonhando ser astrônoma cientista, ou algo que o valha Olhos vagando pelo céu tanto à noite, como de dia entre sol, nuvens, lua e estrelas sonhos cultivados a astronomia ficou para depois as letras me engoliram alunos fizeram sonhar o quadro-negro deu lugar ao firmamento e era verde e o giz branco e colorido desenhei nuvens em torno às palavras dediquei-me as estrelas juvenis e a lua cor-de-rosa vi na trajetória e o Sol enciumado se postou ante a dona professora e aluna mostrou o caminho íngreme facilitou a subida e a lua continuou o seu bailado mudou de forma e de cor tornou-se amiga e confidente e desta forma o sonho se fez.  k.t.n. in sonho de menina.

Para Dalla Alves

Imagem
Para a amiga que nunca se foi! É de Idalina a saudade que sinto menina... meninas. Foi num toque do Pai Maior visitamos as mesmas terras chegamos no vermelho pó e fermentamos mulheres Ausentamo-nos, fizemos história nossos cabelos arredios tramaram nossos destinos fortes, combativas, vencedoras furtando-nos de vãos amores Uma música que ficou Non Ho L'Etá, per amarti non ho létá e uma geografia se instalou Dio come ti amo! Os italianos da vez e neste sangue brasileiro Silva, um nome de amiga e saudade toca uma cantiga sentida alegria esperada, talvez um avião uma porta e um abraço reencontros de meninas, sempre de Yolanda, nossa Vila e nossos sonhos.  Para a amiga querida  Dalla Alves

Mudança

O ser humano não muda, o ser humano não muda, no ser humano não muda, o ser humano muda muda muda :::: emudece. k.t.n.* 09/09/2011

Hakevirá?

Hakevirá?! Tudo fica pequeno quando a saúde é comprometida por alguma doença. Médicos viram deus, o ego nao grita mais, as questões políticas que tantos levam tão à sério, ficam distantes e inócuas. Tanto faz qual partido político ganhará, qual ideologia. Quem vive se adapta ao que vier, ou quem sobrevive. Ficamos menos exigentes, mais compassivos, porém a violência assusta, qualquer tipo de violência. A isso ninguém se acostuma, sobretudo os doentes. Dirão-me que a vida em si é violenta, e não deixa de ser, mas há casos explícitos inaceitáveis. A vida é curta e como um sonho. De repente, já é amanhã. O que virá? Hakevirá?

Centopeia 2a publicação

A centopeia passeou no meu teto e parede. Deixou rastros. O besouro pousou na testa da menina. Deixou susto. A libélula voejou em altos galhos. Deixou pistas. Abelhas se comportam em colmeias Adocicadas. Deixaram meles. A pista falsa dos insetos se prenunciam. Em alfabetos de letras raras. A musa espera o momento Anunciam. Espertamente, o zum-zum-zum Martelando Do macaco-prego! E a bicharada se esconde mato à dentro. Alguns menos ajeitados espreitam, Relento. Insetos se reproduzem. Formigas procuram afazeres, Sobre a tua mesa abandonada. Partículas de pão esfarelado. Detritos de comida de antes-de-ontem Quem pôs a mesa? Não lavaram a louça, Nem recolheram talheres. Restou. Enfileiradas sobem pela parede. Alguns mosquitos se apetecem desta letargia. Hora fria. Da água na torneira da pia. k.t.n.* in foco

Assepsia

Imagem
Na pia fria a assepsia  branca tardia num mar de olhos  👀   brandos  ... esperando a pia fria tardia  a insolente assepsia  a nudez do sabonete branco  sem letras   o som ao longe   a ausência de som   o vazio.  Pia fria assepsia.  longe o silêncio variava / louco o silêncio cantava : era fria, inóspita, sombria.  cantilena sem alma vértice sem cantor alma que vai, alma que vem    respira.  O ar cálido sopra   o creme dental, branco, asséptico sorria  na pia agonia fria :UTI.