Lantejoulas boiam
Lantejoulas espoucam nas mãos ludibriadas pelo sol Os imanentes inacabados se recolhem em brilhos Purpurinas esmoucam pelos braços na luz intensa A Ave-Maria não tardará às sementes incandescentes Uma raridade em esplendor vibração de náufragos Antenados ao compasso das ondas que flutuam Um barco à deriva boia Um homem salta a terra Esmeraldas pululam ao redor fagueiras e incendeiam Na cadência de um espaço agigantado de mãos cheias Pedriscos e lambaris brigam por um pedaço de areia E a Terra vai e o astro roda e a vida chama e a água lava E leva o coroado de luzes espalhados que ondeiam Um barco à deriva boia. Um homem salta em terra A face ressurge pintada e caramujos se escondem Uma lagarta passeia, onde os pássaros não chegam E a cadência permanece ondeia, passeia, incendeia Hora da rede da maré cheia dos anzóis soltos Enroscados em mãos hábeis em bocas de sereias Uma canoa chega a terra Uma mulher salt...