Arroz-doce
Tenho fome, muita fome.
Do arroz-doce quentinho,
da canela sobreposta no leite fervendo
e da doçura adocicada deste tempero.
Tenho fome,
da barriga roncando no inverno frio,
das frutas suculentas no toque das papilas.
Tenho fome.
Fome do chá intenso e forte,
vigoroso que venceu a água calorenta.
Fome invernal,
de encher a barriga, a pança, a boca.
Do prato de peão com muita farofa, arroz e feijão.
Carboidratos mil,
enchendo-me a razão
e dando força para amassar o meu pão.
Divina graça.
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