S'imbora entoar uma canção de ninar gente grande Embalar os sonos de breves instantes. Passear em teus olhos, pernoitar em tuas faces, Cantando ajeitados os derradeiros. E nesta cantilena preservar o tempo, Configurar a névoa, em frias cadências, Identificar o gosto, o alácre formado Na açucena que reverbera no teu céu palatal. E cantando e vociferando o cântico Cantar-te-ei ligeiro e embalar-te-ei docemente, Observando o balançar da cortina, Deixando as réstias ornadas de sol na frágua manhã, ainda, primaveril! Ornar os teus lábios, os teus seios, teus navios. Há um sabor alácre, há um adocidado. Há o som do vento. O imaginar-se, o fechar de olhos, O barulho tênue que atravessa a vidraça. Há o teu semblante, a rua, as alamedas. Há o teu perfume sutil atravessando esquinas. Hà o citrino da manhã de abril. E também o desmaio um quase febril. Um encanto. Uma atmosfera. Há o adormecer, o pertencer a esta imagem evocada do acaso. Da plena e intempérie bonança. A palavra, a miragm. Há ...
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