Furacão
Saudades doem mais do que olho cego em furacão Aninham-se num lugar chamado peito e adoece Pertencem aos sentidos graves das foices Torna o passo lento uma vaguidão inespecífica Um caldo grosso que de vez em vez entorna Pacientes e calmas como o andar de uma serpe Esperam e bebem lentamente nosso licor São saudades sentidas e sós! Um pouco mais e viram nós. Amoreiras ressequidas pelo vento imberbe Sorve as forças, liquida o tempo, paralisa e ferve. Doidivanas carecem remédios e auscultação Fervem! Seja Janeiro, Março ou Fevereiro! Os lugares sujos contemplam luas brancas Em nome das saudades, das torpes e tiranas! k.t.n. in eu saudade